AS PÁS DO SILÊNCIO
- Luiz Sampaio

- 4 de mar. de 2020
- 1 min de leitura
Atualizado: 5 de mar. de 2020
hoje sou silêncio
ontem fui silêncio
amanhã serei silêncio
assim
por toda a eternidade
viverei a gritar
ausente de ouvidos
as verdades que tanto me doem
eu
silente de mim
braços abertos
aos seus tantos sentidos
alheios ao que vem de mim
como as pás de um moinho
cegas ao vento
simplesmente giram
e
giram
e
ausentemente
moem




Comentários