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CICLOS


vive na alma do encontro

a solidão da partida


cedo ou tarde

doerá a despedida

como espinho plantado em surdina

no solo verde que oferta vinho


engendra o fogo a cinza

em seu ventre que arde

como afronta o eterno

tudo o que cresce e definha


como todo caminho

que se desbrava

encerra em si sua sina

a carne guarda em seu cerne

a vida que brota

floresce

termina

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