FIM DA LINHA
- Luiz Sampaio
- 23 de out. de 2020
- 1 min de leitura
no fim da linha
a um passo do precipício
existem asas de reinício
que nos salvem ao ar?
(digo daquele antigo
o mesmo de quase sempre
o ar de se respirar)
pergunto já quase sem ele
no fundo de uma espécie de mar
num nada onde não se nada
sou refém de uma palavra
de um único gesto
um jogo de artifício
dependo de um mínimo sim
um simples olhar
que me alce a salvo a voar
no fim da linha
tudo tem muito sentido
um quase nada é tanto
que até pode ressuscitar
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