RAMERRÃO
- Luiz Sampaio
- 13 de set. de 2020
- 1 min de leitura
... e passa o dia
e vem a noite
e a noite passa
e o dia vem
e passa o dia
e ......... vem
e ......... passa
e também ........
no previsível ramerrão
os astros inovam
tanto quanto eu
Desperto
sonho o sol da meia-noite!
mas a lua
meus ombros
o cansaço do dia...
não sobro para alegoria
tranco a porta da rua
televejo o que se passou
(meu pobre mundo aos escombros)
mergulho na minha cerveja
e esqueço tudo o que foi-se
gole a gole
silente
molemolente
durmo
mergulho em espelhos
que não refletem
Que durmam também meus desejos
(meu Deus! que seja tranquilo)
que eu nem pense naquilo
meus sonhos que não me açoitem!
que na paz deste agora
meu amanhã
seja ontem
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