SILÊNCIO
- Luiz Sampaio
- 12 de jun. de 2020
- 1 min de leitura
meu coração bate
apertado
na caixa fechada
do peito
pulso à janela
à beira do mundo tão vasto
abro-me par em par
mas de mim não me afasto
sou o do canto escuro
o cala quieto no quarto
não vejo jeito de saber-me aos saltos
pulando cercas
lançando laços
à solta no por aí
como sinto serem os outros
à frente do que não faço
sonho-me no além muros
livre de mim
laços frouxos
desconfinado do aqui
feliz tal qual os tais outros
ao fausto das festas eleitos
refestelados nos peitos
nos braços de tantos abraços
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