TRAMAS
- Luiz Sampaio

- 17 de dez. de 2019
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nossos dramas
tingem de sangue
nossas desimportâncias
nem sei
porque senti isso
o instante passou
sobrei eu
atolado em ânsias
não fosse a invenção de tramas
eu
este ser que pulsa carências
não passaria da lama
com este meu dom
de plantar no mangue




Poeta Luiz, suas, minhas, nossas tramas tão desimportantes e tão sangrentas são as que nos salvam do mangue. Seu poema é uma explosão na nossa autoestima, tão frágil, tão duramente reconquistada, a cada vez, todos os dias, a cada momento. O instante passou sobrei eu atolado em ânsias emborcado no mangue. Acertou no alvo, poeta Luiz!