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TRAMAS


nossos dramas

tingem de sangue

nossas desimportâncias


nem sei

porque senti isso


o instante passou

sobrei eu

atolado em ânsias


não fosse a invenção de tramas

eu

este ser que pulsa carências

não passaria da lama

com este meu dom

de plantar no mangue

1 comentário


Sylvia Loeb
Sylvia Loeb
25 de dez. de 2019

Poeta Luiz, suas, minhas, nossas tramas tão desimportantes e tão sangrentas são as que nos salvam do mangue. Seu poema é uma explosão na nossa autoestima, tão frágil, tão duramente reconquistada, a cada vez, todos os dias, a cada momento. O instante passou sobrei eu atolado em ânsias emborcado no mangue. Acertou no alvo, poeta Luiz!

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